Mural de Atividades

terça-feira, 23 de maio de 2017

Guerra Fria (P1 - 2° Bi)

Quando a 2a Guerra Mundial terminou, em 1945, o mundo havia sofrido profundas mudanças. O conflito destruíra o poder da maior parte dos países europeus, deixando a antiga União Soviética e os Estados Unidos como as duas grandes superpotências do planeta. Antes mesmo de a guerra acabar, soviéticos e norte-americanos (estes junto com os ingleses) começaram a partilhar o mundo. Viviam em clima de desconfiança mútua por temerem quem ficaria com o poder. Por volta de 1949 o planeta estava dividido em 2 grandes blocos, aliados a uma ou a outra superpotência. Teve início assim, o período chamado de guerra fria, em que os EUA e a antiga URSS combatiam-se mutuamente por meio de intervenções em outros países e intrigas internacionais. Somente em 1990 os 2 países declararam o fim da Guerra Fria.
Acordo de Potsdam e Conferência de Yalta: Em 1945, reuniram-se na cidade alemã de Potsdam o primeiro-ministro britânico Winston Churchill, o presidente dos EUA, Harry Truman, e o premiê soviético Joseph Stálin. Na ocasião, dividiu-se a Alemanha em 4 zonas de influência: americana, inglesa, francesa e soviética.  Como os primeiros viviam sob o regime capitalista e o último socialista, percebeu-se que seria inviável uma administração. A União Soviética ficou com a hegemonia sobre a Europa Oriental. Os EUA assumiram a hegemonia do mundo capitalista ocidental devido a participação na derrota das potências do Eixo; e o poderio econômico frente às economias européias arrasadas pela guerra. Na América sua supremacia já era antiga. Imediatamente após o fim da 2a Guerra, Stálin fechou as fronteiras do Leste Europeu. Num famoso discurso, Winston Churchill declarou que uma cortina de ferro desceu sobre o continente europeu. Os comunistas assumiram o controle dos países situados a Leste da imaginária Cortina de Ferro. Essas nações transformaram-se em satélites da antiga União Soviética – isto é, seus governos obedeciam à orientação dos líderes soviéticos. Os países do Leste Europeu sofreram, então, um processo de transformação político-social. Na Romênia, Bulgária, Polônia e Tchecoslováquia, os partidos comunistas apoiados pelo Exército Vermelho conquistaram o poder e iniciaram as transformações de caráter socialista. Esse também foi o caminho empreendido pela Iugoslávia e pela Albânia, embora nesses países a ascensão dos comunistas se desse sem a intervenção das tropas soviéticas.
A Doutrina Truman: Foram princípios de política externa defendidos pelo presidente norte-americano Harry Truman. Esta Doutrina deu início à Guerra Fria entre os países capitalistas e os do bloco comunista. Na visão de Truman, a URSS era o centro da subversão mundial, e por isso os EUA deveriam intervir em qualquer país onde os comunistas ameaçassem tomar o poder. Mas, para combater o comunismo, os EUA não se limitaram apenas à ajuda militar, também houve ajuda financeira para fortalecer os países capitalistas europeus.
Esse projeto de ajuda econômica dos EUA à Europa ficou conhecido como Plano Marshall, nome do então secretário de Estado norte-americano. Durou 4 anos e 16 países foram beneficiados, entre eles a Alemanha e até a Itália. Esse plano também aumentou a lucratividade das empresas norte-americanas.
A Alemanha dos Pós-Guerra: Em 1949, a  Alemanha do pós-guerra foi dividida em 2 Estados: a República Federal Alemã, ligada ao bloco capitalista; e a República Democrática Alemã, pertencente a sistema socialista. Foi nesta ocasião o surgimento do Muro de Berlim, que dividia as duas Alemanhas.
OTAN: O poderio do Exército Vermelho soviético assustava os americanos, e foi por isso que os EUA, Canadá e várias nações européias ocidentais fundaram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em 1949, uma aliança militar de defesa mútua. A formação militar visava impedir a ampliação da hegemonia soviética e barrar o avanço do comunismo. Devido a enorme superioridade militar dos EUA em relação aos seus aliados, coube a este país o poder de direcionar os rumos da aliança. Em resposta, a URSS formou uma aliança de países comunistas, chamado Pacto de Varsóvia.
A Corrida Armamentista: A principal conseq. do surgimento de 2 blocos antagônicos (capitalistas e socialistas) no cenário político mundial foi a corrida armamentista, baseada na construção de artefatos atômicos com o objetivo de se defenderem. A ONU (Organização das Nações Unidas) foi criada com o objetivo de resolver pelo diálogo as tensões internacionais.
A Revolução Chinesa: Em 1949 também um fato que alterou a correlação de forças entre os blocos capitalista e socialista, foi a Revolução Chinesa. A China vinha sendo explorada há muito tempo pelos EUA, Japão e países da Europa e tentava se libertar dos invasores imperialistas. Em 1911 a monarquia cai e é proclamada a República, num movimento liderado pelo Kuomintang (Partido Nacionalista Republicano). O movimento não dá o resultado esperado e um pequeno grupo de homens, acreditando que só a implantação do socialismo resolveria os problemas chineses, cria, em 1921, o Partido Comunista Chinês. Até 1927, nacionalistas e comunistas lutam juntos contra os que se apoderaram da China, mas neste ano o Kuomintang assume o poder e acaba com a oposição comunista. Perseguidos, os comunistas se refugiam nas montanhas e se organizam numa guerrilha, liderada por Mao Tsé-tung, conseguindo algumas vitórias. A partir de 1931 o Japão se apossa de algumas regiões da China, e resulta em nova união dos comunistas com o Kuomintang na luta contra os japoneses. Os EUA tentando não deixar os comunistas no poder, auxilia economicamente o Kuomintang, mas os comunistas que haviam se tornado mais populares na luta contra o Japão vencem, e em 1o de maio de 1940 Mao Tsé-tung proclama a República Popular da China. A China se encaminha na direção do bloco comunista, que ganha um grande aliado. Chiang Kai-chek apodera-se da Ilha de Formosa e instala a República da China Nacionalista, alinhando-se, assim, ao bloco capitalista.

Com a Guerra Fria todo conflito local recebia a intervenção das superpotências de forma indireta e invisível ou de maneira direta. Foram muitas, as mais importantes veremos a seguir:


 A Guerra da Coréia: Em 1948 a Coréia havia sido dividida em 2, com a invasão das tropas soviéticas e americanas: a Coréia do Norte, comunista e a Coréia do Sul, capitalista. Em 1950 a Coréia do Norte tentando ficar com todo o território invadi a Coréia do Sul. Os EUA logo lideram uma força da ONU para enfrentar os invasores. Quando as tropas ocidentais ingressaram na Coréia do Norte, a China enviou seus soldados, forçando-os a recuar. As potências envolvidas perceberam que isto poderia resultar na 3a Guerra Mundial e assim, em 1953, chegou-se a uma solução negociada. A Coréia continuaria dividida como era. Foi a primeira vez que EUA e URSS se enfrentaram numa “Guerra Quente”.


REVOLUÇÃO CUBANA

A economia cubana antes da Revolução era agrário-exportadora, baseada na produção e exportação do açúcar. Este e os demais setores — transporte, serviços públicos e turismo — eram controlados por capitais norte-americanos. Os americanos viam em Cuba uma excelente base para controlar o mar do Caribe e por isso foram à guerra com a Espanha (a colonizadora de Cuba) para obrigá-la a aceitar a independência cubana. Durante a primeira metade do século XX, vários presidentes se revezavam no poder. Mudavam os homens mas não a condição de testas-de-ferro dos interesses americanos. Na década de 50, Cuba tinha como presidente Fulgêncio Batista, um militar que havia subido ao poder pela força e através dela governava o país, reprimindo o povo e enriquecendo os empresários capitalistas americanos e cubanos. Para acabar com essa situação, fidel castro, um militar, e um pequeno grupo iniciaram um movimento armado para derrubar o governo. Em janeiro de 1959, Batista foi derrubado e Fidel assumiu o poder. Era a vitória da revolução cubana.
No início a revolução não se declarou comunista, mas as medidas adotadas pelo governo cubano indicavam o caráter socialista da Revolução, como: as fazendas, fábricas, bancos e comércio se tornaram propriedade do Estado; as empresas estrangeiras foram nacionalizadas; todas as atividades econômicas passaram a ser planejadas e controladas pelo Estado. Todos os trabalhadores tornaram-se funcionários do estado. Acabava a economia de mercado. Os EUA, cujos interesses foram prejudicados, deixaram de comprar o açúcar cubano e de refinar o petróleo usado na ilha. A economia cubana estava ameaçada de entrar em colapso. Em inícios de 1961, Fidel declarou que o objetivo da Revolução era a implantação do comunismo. Com o rompimento das relações entre Cuba e Estados Unidos, devido ao rumo tomado pela revolução cubana, a união soviética passou a dar ajuda financeira e técnica ao novo regime cubano.

A guerra fria atingiu o Caribe. Em 1962, Cuba quase se tornou o pivô de uma Terceira Guerra Mundial. Para defender a ilha de uma possível invasão americana, a URSS instalou mísseis atômicos em Cuba. Kennedy declarou que nenhum navio ou avião soviético entraria na ilha. Durante uma semana o mundo viveu sob tensão, e finalmente os soviéticos decidiram desmontar as bases de mísseis.

Inegavelmente, a Revolução foi vitoriosa na luta pela melhoria das condições de vida da população. Foram desenvolvidos amplos programas no campo da habitação, saúde e educação. Cuba apresenta hoje uma expectativa de vida entre as mais altas do mundo e o menor índice de mortalidade infantil.

Para garantir o bem-estar social, o Governo necessitava de recursos vindos do açúcar, por isso os esforços concentraram-se na agricultura, o que dificultou a sua industrialização. A ênfase na produção do açúcar fez a indústria de bens de consumo e a produção de alimentos ficarem em segundo plano. O resultado foi a imposição do racionamento e a obrigação de os cubanos terem de enfrentar filas para poder obter gêneros necessários às suas vidas.

Fidel Castro implantou uma férrea ditadura de partido único, proibindo e reprimindo qualquer oposição. Politicamente seguia o modelo da URSS. Só este país da América Latina que conseguiu acabar com o capitalismo e implantar o socialismo. Os grupos da esquerda utilizaram-se da guerrilha em toda a América, incentivados pelo próprio Fidel. Na segunda metade da década de 60 isso foi constatado em países como Bolívia, Venezuela, Equador, Guatemala, Uruguai, Argentina, Nicarágua e até mesmo no Brasil.

Para criar focos revolucionários, che guevara, um médico amigo de Castro, partiu para a Bolívia para através da guerrilha derrubar os governos de países capitalistas e implantar o socialismo em todo o Continente Americano. Che Guevara queria a derrubada do imperialismo (forças capitalistas) concentrado nos Estados Unidos. Mas, não teve boa recepção na Bolívia e foi perseguido e morto em 1968. Morria o homem, nascia o mito. A década de 60 fez de Che um modelo de homem a ser seguido por jovens de todos os Continentes. Havia um mistério com o corpo de Che, não haviam achado o corpo e somente este ano que foi encontrado na Bolívia.

As camadas populares não se envolveram em movimentos armados para derrubar o governo. Contudo a Revolução Cubana influenciou o comportamento político dessas camadas. Os grandes sucessos obtidos pela política de bem-estar social cuba desmitificavam a imagem do comunismo como absolutamente ruim. Ela transformou em realidade a antiga esperança de resolver os graves problemas sociais que assolavam a América Latina. Em 1962, as eleições na República Dominicana deram vitória a Juan Bosch, participante da revolução, mas um setor do exército o depôs. Este golpe provocou reações e os EUA convocaram as Forças armadas de todos os países latino-americanos para conseguir manter os militares golpistas no poder, a fim de não ver surgir mais um país comunista.

Em muitos países os movimentos das massas camponesas intranqüilizava as elites dominantes, pois clamavam pela reforma agrária. Nas cidades, as massas operárias, organizadas em sindicatos, gritavam slogans contra a burguesia. Para evitar as revoltas e assim se tornar fácil a implantação do comunismo, os EUA, em 1961 com o presidente kennedy, elaborou e pôs em prática um projeto denominado aliança para o progresso. Consistia numa ajuda financeira americana para transformar a América Latina numa região industrializada, moderna e socialmente mais justa. Os EUA entrariam com o dinheiro, mas os beneficiados deveriam executar profundas reformas, especialmente no setor agrícola, de modo a aumentar a produção de alimentos. Com o assassinato de Kennedy o plano foi desativado.

Os problemas crônicos da América Latina continuavam sem solução. Bastava andar nas ruas ou ler jornais para se perceber que o clima era revolucionário.


TÓPICOS

GUERRA FRIA
(1945 – 1989)
  
BIPOLARIZAÇÃO POLÍTICA, IDEOLÓGICA E MILITAR ENTRE:

EUA X URSS


CARACTERÍSTICAS:

·        Influência (capitalista ou comunista) nos diversos continentes

·        Corrida Armamentista

·        Corrida Espacial

INÍCIO DA GUERRA FRIA:

·        1945: Conferência de São Francisco: criação da Organização das Nações Unidas (O.N.U.)
·        Doutrina Truman (12/03/45)
·        Plano Marshall (1947)
·        Comecom (1949)
·        OTAN (1949)
·        PACTO DE VARSÓVIA (1955)
·        1959: Coexistência Pacífica

EUROPA:

·        BENELUX
·        1951: CECA
·        1957: Mercado Comum Europeu (Tratado de Roma)

DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA

·        Enfraquecimento Europeu Pós-Guerra
·        Líderes Nacionalistas
·        Influências da Guerra Fria
ÍNDIA (1947):

·        Gandhi: Resistência Pacífica

CHINA (1949):

·        Revolução Socialista: Mao Tsé Tung
·        Estatização da Economia
·        Planos Quinquenais
·        1960-66: Revolução Cultural
·        1980 - ... : Abertura econômica

ORIENTE:

·        Guerra da Coréia (1950 – 53)
·        Guerra do Vietnã (1963-1973)

ÁFRICA:

·        Guerras Civis (Miséria, Doenças)
·        África do Sul:
·        Apartheid
·        Nelson Mandela (1980)
·        1955: Conferência de Bandung (política de não-alinhamento dos países do 3º Mundo)

AMÉRICA LATINA

·        Domínio econômico dos EUA

·        1959: Revolução Cubana
o   Fidel Castro, Ernesto Che Guevara
o   Embargo econômico dos EUA
o   Aproximação com a URSS

·        EUA financiam golpes militares:
o   Brasil (1964)
o   Chile (1973)
o   Etc.

ORIENTE MÉDIO:

·        1948: Criação do Estado de Israel;
·        Liga Árabe (Egito, Síria, Líbano, Transjordânia, e Iraque)
·        Guerra de Independência (1949), Suez (1956), Seis Dias (1967), Yom Kippur (1973)
·        Israelenses X Palestinos
·        IRÃ:
·        1979: Revolução Islâmica (Aiatola Khomeini):
o   Fanatismo religioso, terrorismo, EUA: Grande Satã)
o   Guerra Irã – Iraque (1980 – 88)
o   Guerra do Golfo (1991)

FIM DA GUERRA FRIA:

·        1989: Queda do Muro de Berlim
·        1991: Fim da URSS
·        Europa Oriental: Nacionalismos
·        Mikhail Gorbatchev (1985 – 91):
·        GLASNOST (Transparência – Liberalização Política)
·        PERESTROIKA (Reconstrução – Reestruturação Econômica)
·        Eleições Livres no Leste Europeu
·        Agosto/ 91: tentativa de golpe militar (comunistas)
·        Natal de 91: Renúncia

O MUNDO ATUAL

·        Globalização:

o   Formação de Mercados Comuns
o   Neoliberalismo
o   Avanço Tecnológico
o   Aumento do Desemprego
  
·        Ataque Terrorista WTC (11/09/2001)
·        Doutrina Bush (EUA X Terror)
·        Invasão do Afeganistão e do Iraque

Guerra fria from dmflores21

FUZILAMENTO REAL REGIME CUBANO

sábado, 22 de abril de 2017

Segunda Guerra (P2)

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
QUANDO:  1939 - 1945
CAUSAS
ü Regimes Totalitários: fortes objetivos militaristas e expansionistas.
ü Projetos militares: Alemanha, Itália e Japão (Eixo) intenções principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).
ü Tratado de Versalhes: Alemanha desrespeita e cria um programa de rearmamento (produção de armamentos, aumento do exército)
POTÊNCIAS ENVOLVIDAS
ü  ALIADOS ou TRÍPLICE ALIANÇA (França, União Soviética, Inglaterra, Estados Unidos - FUIEU)
ü  EIXO (Japão, Alemanha e Itália - JAI). 
MARCO:  ATAQUE DOS ALEMÃES À POLÔNIA.  Antes os alemães tinham ocupado a Tchecoslováquia, dominado a Áustria e feito um Tratado de não-agressão com a União Soviética . Logo após o ataque à Polônia, a França e a Inglaterra (aliados da polônia) declararam guerra à Alemanha.
GUERRA CIVIL ESPANHOLA
Conflito entre duas frentes militares, ocorrido na Espanha entre os anos de 1936 e 1939. Ditador Francisco Franco dá um golpe e assume o poder, apoiado pelo avanço de tropas de voluntários italianos fascistas e de nazistas alemães. Foi um ensaio para a 2ª Guerra porque o bombardeamento e ametralhamento aéreo das cidades e da população civil foram os mesmos que se repetiram depois no resto da Europa na 2ª Guerra. Também, o enfrentamento nos campos de batalha de Espanha utilizando tanques de guerra, a importância do domínio aéreo para apoiar os avances das tropas terrestres e a luta encarniçada as vezes "casa por casa " ou "corpo a corpo" com a utilização de diferentes armamentos.
A ENTRADA DO JAPÃO E DOS ESTADOS UNIDOS NA GUERRA:
ü O Japão entrou na Segunda Guerra por causa de seu desejo de conquistar terras de outros países. Desde 1910, os japoneses invadiram a Coréia, partes da China e vários territórios da Ásia que na época pertenciam à França, Reino Unido e Holanda. Eles achavam que precisavam conquistar também ilhas no Oceano Pacífico para fazer uma linha de defesa longe do Japão, como se fosse uma cerca. Para isso, atacaram os eua. Além de terem a costa leste de seu país no Pacífico, os americanos têm as ilhas do Havaí. Foi exatamente onde os japoneses atacaram. No dia 8 de dezembro de 1941, aviões levados por porta-aviões atacaram, sem avisar, a base da Frota do Pacífico em Pearl Harbor. Isso causou a maior confusão. Como a Alemanha tinha um acordo com o Japão, os alemães declararam guerra aos EUA logo depois. Como a Alemanha estava em guerra com o Reino Unido e tinha invadido a França e Rússia, os EUA se comprometeram a entrar na guerra na Europa ao lado deles.
O BRASIL NA 2a GUERRA:
ü Brasil entra na guerra ao lado dos Aliados: FEB ( força expedicionária Brasileira) envia os pracinhas para lutar em Monte Castelo na Itália (vitórias brasileiras)
A RENDIÇÃO DA ALEMANHA:
ü A Alemanha, arrasada e destruída, derrotada em todos os lugares, só assinou sua rendição total em 8 de maio de 1945. Eles se entregaram poucos dias depois do suicídio de Adolf Hitler e sua mulher Eva Braun. Hitler se matou em seu bunker, um abrigo antiaéreo subterrâneo em Berlim.
A BOMBA DE HIROSHIMA:
ü No extremo Oriente, a guerra prosseguiu por mais quatro meses, até a rendição do Japão, em setembro de 1945. Antes da rendição, os Estados Unidos, demonstrando sua força militar ao mundo, explodiram duas bombas atômicas em território japonês: a BOMBA  DE HIROSHIMA (6 de agosto), algumas horas depois da explosão, os EUA disseram ao Japão para se render, senão eles jogariam um monte de bombas iguais aquela, uma em cada cidade. Os japoneses não responderam, e os americanos jogaram outra, a BOMBA EM NAGASAKI (9 de agosto). Os japoneses acabaram se entregando.

CONSEQÜÊNCIAS  – SURGIMENTO DAS GRANDES POTÊNCIAS:

ü Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus. Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU ( Organização das Nações Unidas ), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética (superpotências) Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos os países buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.

terça-feira, 21 de março de 2017

GOVERNO VARGAS

Recordando a política café-com-leite (a troca entre São Paulo e Minas Gerais para indicar o presidente), agora seria a vez de Minas indicar o substituto de Washington Luís (paulista), mas esse indicou um outro paulista: júlio prestes. Minas, para tentar abater o candidato paulista, se uniu ao Rio Grande do Sul (ficou conhecida como aliança liberal) e indicou o gaúcho getúlio vargas para presidência, e como seu vice o paraibano joão pessoa.

programa da aliança liberal
* Eleições honestas, mais liberdade e leis sociais aos trabalhadores.  

Com esse programa conseguiu o apoio de grupos oposicionistas. Mas, a oligarquia cafeeira de São Paulo venceu através da fraude do voto. Os outros grupos conspiraram a derrubada do governo de Júlio Prestes com armas.

1930 è Crescimento das forças oposicionistas para derrubar o poder. O governo sem recursos para conseguir manter o controle.
Julho è João Pessoa (vice de Getúlio) foi assassinado sem motivo político, mas por ser o assassino uma pessoa ligada ao Presidente Washington Luís, foi transformado em mártir na luta contra as oligarquias.
3 de outubro è Getúlio Vargas assume o governo provisoriamente. Para essa revolução, vários grupos fizeram parte: Tenentistas, classes populares, classes médias, parte do empresariado e até representantes das oligarquias rurais (que pularam fora na hora). Por tanta diferença, esses grupos lutaram entre si para impor suas vontades.

Getúlio tinha um bom programa de reformas:
*  Sistema eleitoral sem fraudes;
*  Construção de estradas e ferrovias;
*  Escolas gratuitas;
*  Legislação benéfica ao trabalhador.

 Estas reformas lhe garantiram a simpatia de todos os grupos que lhe apoiaram na revolução. 

As primeiras medidas de Getúlio foram:
* Dissolver os órgãos legislativos (federais e estaduais);
* Senadores, deputados e governadores destituídos dos cargos;
* Nomeou interventores para os Estados;
* Poder maior nas mãos do Presidente (só ele nomeava e destituía os ocupantes dos principais cargos públicos).
Após a década de 30, a característica principal era o INTERVENCIONISMO do Estado: — interferência direta na economia, educação, saúde, relações trabalhistas e áreas da vida social. O que unia os grupos da Revolução de 30 era o pensamento de que o Estado devia ter bastante força para evitar a volta das oligarquias.

O Período Constitucional (1934 – 1937)

 A constituição de 1934:
– Voto secreto, obrigatório, direto.
– Voto feminino (excluindo-se analfabetos).
– Justiça eleitoral.
– Corporativismo.
– Confirmação de leis trabalhistas.
– Mandato presidencial de 4 anos.
– 1º presidente eleito indiretamente: Getúlio Vargas.
– Intervenção do Estado na exploração de minérios.
– Formação de 2 correntes políticas antagônicas influenciadas pela conjuntura internacional.

AIB (Ação Integralista Brasileira):
– Grupo fascista.
Plínio Salgado (líder).
– Condenavam o capitalismo financeiro internacional (associado aos judeus) mas não a propriedade privada.
– Totalitarismo, unipartidarismo e Estado centralizado forte.
– Lema: “Deus, Pátria e Família”.
– Saudação: ANAUÊ
– Apoiados por setores da Igreja (combate ao “comunismo ateu”), classe média alta, empresários capitalistas e imigrantes ou descendentes de imigrantes ítalo-germânicos radicados especialmente no RS e SC.

ANL (Aliança Nacional Libertadora):
– Aliança de esquerda reunindo comunistas, socialistas, democratas e simpatizantes de esquerda em geral.
– Luís Carlos Prestes (líder).
– Defendiam o não pagamento da dívida externa, reforma agrária e respeito às liberdades individuais (direito de greve, imprensa livre...), nacionalização de empresas estrangeiras e governo popular.

Getúlio coloca a ANL na ilegalidade (Jul/1935)

Intentona Comunista
– Nov/1935: tentativa de golpe por membros da ANL. Mal organizada, fracassou rapidamente. Seus líderes (incluindo Prestes) foram presos.
– 1937: Divulgação do “Plano Cohen” (suposto plano comunista para tomar o poder). • Congresso é fechado e eleições suspensas.

O ESTADO NOVO (1937 – 1945):
– Nova constituição (1937): POLACA (constituição fascista).
– Estado de Emergência permanente – plenos poderes ao presidente e a polícia.
– Congresso fechado – decretos-lei.
– Proibição de greves.
– Censura permanente (DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda).
– Prisão de qualquer opositor.
– Apoio das forças armadas.
– Simpatia ao fascismo.
– Ausência de qualquer partido (até a AIB foi fechada).
1938 - Intentona Integralista:
– Golpe fracassado da AIB.
– Líderes presos.
– Plínio Salgado exila-se em Portugal

1942: Navios brasileiros são afundados por submarinos alemães.

– Brasil declara guerra ao Eixo (JAP +ALE + ITA).
– 1943: Edição da CLT (controle dos trabalhadores).
– 1944: FEB (Força Expedicionária Brasileira) desembarca na Itália com aproximadamente 25 mil homens.
– Luta contra o nazifascismo estabelece contradição interna: ditadura lutando ao lado das “forças pró-democracia”.
– Diversos setores sociais começam a pedir democracia interna (entre eles a UNE, criada em 1937, os meios de comunicação, apesar da censura...).
– Vargas convoca eleições para 1945, acaba com a censura e anistia presos políticos.
– Vargas cria 2 partidos políticos, o PTB e o PSD, para agradar aos trabalhadores e a elite, respectivamente, além de permitir a formação de partidos oposicionistas.

• Surge o “Queremismo”, movimento que exigia a volta de Vargas, apoiado discretamente por ele.

– Vargas aproxima-se até dos comunistas para permanecer no poder.
– Em 1945, é afastado do poder pelo exército (influenciado pelos EUA), que temia uma nova tentativa golpista do presidente. Vargas retorna para São Borja e é eleito posteriormente senador por dois estados ao mesmo tempo (RS e SP).

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO GOVERNO VARGAS:
– POPULISMO: tipo de governo que possui as seguintes características: autoritarismo, estatismo, corporativismo, culto ao líder combinado com concessões parciais a camada mais pobre da população visando obter seu apoio. Ocorreu na América Latina entre os anos 30 e 50, e tem em Getúlio Vargas, no Brasil, Juan Domingo Perón, na Argentina e Lázaro Cardenas, no México seus mais notórios representantes.
– O Estado era o “mediador” dos conflitos sociais.
– Nacionalismo econômico, com criação de empresas estatais e obras públicas.
– Intervenção do Estado na economia, inspirado no modelo do “New Deal” norte-americano.
– Controle dos trabalhadores com criação de leis (a CLT, é um exemplo disso) e atrelamento dos sindicatos.
– Utilização intensa de propaganda governamental e censura, com a criação da DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), que cuidadosamente “fabrica” a imagem do “pai do trabalhador”.
– Descaso com o trabalhador rural (as leis trabalhistas não chegavam ao campo).
– Aproximação com camadas populares urbanas.
– Incentivo ao mercado interno.
– Recuperação do preço do café (queima de estoque).
– Incentivos a indústria nacional (especialmente a de base durante a II Guerra Mundial), com a criação da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) financiada pelos EUA e a nacionalização de refinarias de petróleo.